sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que seria o Forró Pé-de-serra?


Olá meus queridos, tudo bem?
Dessa vez acabou que eu dei uma espaçada maior entre os textos né? O brabo é que eu tenho visto muitas coisas, tenho tido vontade de escrever, mas não tenho achado meus textos legais. Prometo que com o decorrer do tempo eu vou melhorar essa situação! =)
Vamos lá...
Essa semana estava pesquisando uns forrózinhos para escutar e tal, e me deparei com um texto muito interessante, logo, resolvi compartilhar com vocês. Como o intuito do blog também é falar sobre música, e não só os meus pensamentos, ai está um texto bem esclarecedor sobre a história desse ritmo genuinamente brasileiro, nosso querido Forró.

O que seria o Forró Pé-de-serra? Por Jairo Melo, de Vicência – PE

“A quantidade de gêneros musicais existentes no Brasil traduz a grande diversidade cultural de que nosso país faz parte. Isso se dá pela criatividade que o brasileiro tem não só de improvisar e fazer surgir coisas novas, como também, pelo famoso ‘jeitinho brasileiro’ em que algumas pessoas que têm grande capacidade e inspiração de criar novos gêneros, mas não se dão conta de tal virtude e se aproveitam dos já criados para se promoverem. Com isso, tomam espaço de quem é de direito tentando confundir o público para que estes lhes prestigiem como se fossem outros. Por isso a importância de diferenciarmos um gênero do outro dando nomes aos bois. Então nesse sentido, o que seria o chamado ‘forró pé-de-serra’?

Inicialmente convém observarmos que o grande mestre nordestino Luiz Gonzaga, é o criador do forró. No qual dentro desse gênero incluem-se vários ritmos, dentre eles: o baião (onde tudo começou), o xote, o xaxado (inspirado no cangaço de Lampião), o próprio ritmo forró, marchinhas matutas (são as quadrilhas). Ou seja, ritmos que têm base própria de condução musical. Invenções do grande “Lua” que, através da sanfona, juntou a zabumba e o triângulo, conquistou o Brasil e ganhou o mundo. E o ‘pé-de-serra’, onde entra nisso?

No tempo de seu Januário (pai de Gonzaga) faziam-se muitas festas na região do Araripe, que é uma região serrana, montanhosa. E os locais onde se faziam tais eventos eram, justamente, no início das subidas dessas serras, eram os chamados ‘pés-de-serras’. Daí a expressão ‘forró no pé da serra’, que hoje chamam ‘forró pé-de-serra’. Mas, na verdade, era o gênero forró que era tocado em um pé-de-serra.

Por volta de 1968, Gonzaga grava a música ‘Baião Polinário’, na qual já previa a tentativa de aproveitamento que alguns insistem em fazer. Na música ele diz:

‘…Colagem de som e verso
Modismo ao reverso
Sim, sinhô

Pode agradar, não discuto
Se tem balanço eu escuto
Mas foge ao meu inventário

Esse baião polinário
Pilantra, chibungo e sem cor…’

Na década de 1980 começam a surgir gêneros, que através das chamadas ‘bandas de forró′, vêm com uma base própria de condução musical, na qual não se identifica com o gênero forró. E isso vem se modificando a cada dia, chegando nos dias de hoje sem nada a ver com o famoso gênero nordestino. Começam, então a chamar tal ritmo de forró, onde deveriam criar um nome próprio para tal criação. Mas como o forró tinha seu espaço garantido como gênero exclusivamente brasileiro, os criadores do outro, queriam esse espaço, coisa desnecessária, já que o Brasil é riquíssimo e tem espaço para tudo. Com a invasão de espaço, inicia-se uma tentativa de diferenciação, onde taxam o forró de ‘forró pé-de-serra’ e o outro, de forró. Para confundir ainda mais o público, intitulam-se ‘forró estilizado’ por introduzirem instrumentos eletrônicos como guitarra, baixo etc. Ora, o próprio Gonzaga utilizou desses instrumentos, um exemplo disso é a música ‘O fole roncou’, mas na sua base de condução musical própria.

Dessa forma, concluímos que o forró é único, criado por um gênio que merece todo nosso respeito como cidadãos e, principalmente, no sentido musical. Então, é nesse sentido que devemos ‘dar nomes aos bois’, identificando cada um no seu devido lugar. O forró é o forró e os criadores dos outros gêneros têm de se valorizarem, pois eles têm o dom de inventar mais um gênero musical para a nossa cultura, e dar nomes às suas criações. Só assim, conquistarão seu próprio espaço e até mesmo realizando eventos nos pés-de-serras do Brasil.”

Apenas complementando a idéia do Jairo, contou-me Édson Duarte, que o nome ‘pé de serra’ consolidou-se bem na época do surgimento das bandas de forró e justamente na oportunidade de lançamento de uma coletânea, que recebeu o nome de “Forró Pé de Serra”, exatamente para definir uma nomenclatura, vista a real necessidade de diferenciar as tendências.

Fonte: http://www.forroemvinil.com

Esse texto é bem interessante né? Espero que tenham gostado! ;)

Em breve estarei de volta com os meus textos...

Trilha Sonora do post:

Tom Zé - Xique Xique


Pensem, Ouçam e Divirtam-se! =)

3 comentários:

  1. Muito boa essa música!!!!!!!!!!!!!!! Delícia mesmo. Deve ser show pra dançar!

    ResponderExcluir
  2. adorei o texto ! eu não sabia o pq do forró pé-de-serra =D gostei!!

    ResponderExcluir
  3. kramba o forro pe de serra é muito incrivel junta talento com poesias

    ResponderExcluir